quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Fecundação

  Fecundação ou fertilização é a fusão de um par de gametas, com formação no zigoto. Na espécie humana a fecundação ocorre no terço inicial do oviduto e, em geral, nas primeiras 24 horas após a ovulação, que é o processo de liberação do gameta feminino pelo ovário.
  Na espécie humana o que denominado óvulo é, na verdade, um ovócito secundário revestido por uma grossa camada de glicoproteínas aderidas à  membrana plasmatica ovular, denominada envelope vitelínico ou zona pelúcida. Esse envoltório é, por sua vez, recoberto por algumas camadas de células foliculares ovarianas, que nutritam o ovócito durante seu desenvolvimento no folículo. Esses envoltórios constituem um eficiente revestimento protetor do gameta feminino, mas exigem que o espermatozóide seja dotado de um sistema perfurador capaz de vencer os obstáculos à fecundação.
  Diversas experiências demonstraram que os gametas femininos exercem forte atração química sobre os espermatozóides. Quando chegam proximo de um óvulo, eles nadam em sua direção. Em geral, dezenas de espermatozóides cercam o gameta feminino e iserem-se pelos espaços entre as células foliculares, até atingir a zona pelúcida.
  Nos mamíferos, a membrana plasmática do espermatozóide apresenta proteinas proteínas denominadas fertilizinas, por meio das quais ele se une a proteínas receptoras presentes na membrana do óvulo. Quando esses dois tipos de proteína se associam, as membranas dos gametas masculinos e femininos fundem-se. A fusão causa uma alteração na permeabilidade da membrana ovular
aos íons Na+ e K+, gerando uma onda de despolarização que se propaga por toda a superfície do óvulo. A alteração de carga elétrica na superfície da membrana plasmática impede que os outros espermatozóides se unam a ela. Esse mecanismo garante que apenas um espermatozóide fecunde o ovulo.
  Imediatamente abaixo da membrana plasmática do óvulo há pequenas bolsas membranosas repletas de enzimas digestivas, os grânulos corticais. Com a fusão do primeiro espermatozóide e consequente despolarização da membrana ovular, os grânulos corticais fundem-se a ela, eliminando o seu conteúdo enzimático para o exterior por exocitose. As enzimas dos grânulos corticais atuam sobre a zona peluciada, alterando os receptores ZP3 e destruindo sua capacidade de se ligar a espermatozóides. Com isso nenhum outro esperma consegue atravessar a zona peluciada.
  Na região em que ocorre a fusão da membrana do espermatozóide com a do óvulo organizam-se feixes de filamentos de actina, que arrastam o conteúdo do esperma- núcleo, mitocôndrias e flagelo - para dentro do gameta feminino. Gametas masculinos degeneram e seus cromossomos irão se reunir aos do óvulo. 


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